Autor: Desconhecido
Material/Técnica: Plástico/ moldagem
Século: XX
Procedência: Acervo pessoal de Dom Aquino Corrêa
Dimensão: 15x03cm
Dados Históricos: De fato, a preocupação com a boca e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados da higiene pessoal em diversas culturas. Estudos arqueológicos recentes encontraram em uma tumba egípcia de cinco mil anos um artefato que poderia ser visto como a mais antiga de todas as escovas de dente. Na verdade, o instrumento consistia em um ramo de planta que teve a sua extremidade toda desfiada até que as fibras funcionassem como cerdas .Os assírios, reafirmando o pragmatismo daquela nação de guerreiros, já tentavam resolver o problema usando o dedo para limpar os dentes. Contudo, outras culturas buscaram hastes, madeiras, ervas e misturas que pudessem superar os incômodos que a sujeira e o mau hálito sempre causaram. Por volta do século IV a.C., o médico grego Diocles de Caristo receitava aos seus pacientes explorarem os poderes aromáticos que as folhas de hortelã produziam quando esfregadas nos dentes e nas gengivas. Nos anos em que foi aprendiz do filósofo Aristóteles, o lendário imperador Alexandre, O Grande, foi detalhadamente orientado sobre como limpar os dentes, todas as manhãs, com uma toalha feita de linho. Entre os romanos constata-se o uso de uma mirabolante mistura com areia, ervas e cinzas de ossos e dentes de animais. O lugar da higiene bucal era tão expressivo entre os patrícios romanos que se davam ao luxo de terem escravos incumbidos de realizar esta única tarefa. Por volta de 1490, os chineses inventaram um rústico modelo daquilo que já poderíamos chamar de escova dental. O protótipo oriental era constituído por uma haste de bambu ou osso dotada de um feixe de pelos de porco. Além de ser um artefato muito caro, a escova chinesa acabava prejudicando seus usuários na medida em que as cerdas de origem animal mofavam e, por isso, deixam toda a cavidade bucal exposta ao ataque de fungos. Na Europa Medieval, o cuidado com os dentes já desfrutava de avanços consideráveis, tendo em vista o grau de elaboração das pastas dentárias. Nessa mesma época, o profeta árabe Maomé (570-633) recomendava aos seguidores do islamismo a utilização de uma haste de madeira aromática que, se esfregada várias vezes ao dia, poderia limpar e clarear os dentes.Chegando ao século XVIII, um prisioneiro britânico chamado William Addis teve a brilhante ideia de desenvolver a primeira versão moderna de escova de dente. Primeiramente, ele guardou um pedaço de osso animal de sua refeição diária. Realizou pequenos furos em uma de suas pontas e conseguiu algumas cerdas com um carcereiro. Amarrando as cerdas em feixes minúsculos e fixando-as com cola nos buracos do osso, ele desenvolveu a tecnologia fundamental do invento. No século XX, vários estudiosos passaram a observar detalhadamente os elementos constituintes da várias escovas disponíveis no mercado. A anatomia do cabo, a disposição dos feixes, o processo de desgaste foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse aprimorado. Nos fins da década de 1930, a utilização do náilon permitiu que as escovas realizassem a limpeza dos dentes sem que as gengivas sofressem grandes agressões. Atualmente, cores, formas e tecnologias transformaram o mercado de escovas de dente em uma grande incógnita. Entre tantas opções, muitas pessoas não sabem distinguir qual tipo de escova atende a uma boa higiene bucal. Geralmente, os odontólogos aconselham o uso de uma escova que não seja muito grande, possua cerdas macias e que seja regularmente trocada.
Author: Unknown
Material/Technical: Plastic/ molding
20th Century
Origin: Personal collection of Don Aquino Corrêa
Dimension: 15x03cm
Historical Data: In fact, the concern with the mouth and teeth appears as one of the oldest personal hygiene care in different cultures. Recent archaeological studies have found in an Egyptian tomb of 5,000 years old an artifact that could be seen as the oldest of all toothbrushes. In fact, the instrument consisted of a branch of a plant that had its end all frayed until the fibers worked like bristles. The Assyrians, reaffirming the pragmatism of that nation of warriors, were already trying to solve the problem using their fingers to clean their teeth. However, other cultures sought stems, woods, herbs and mixtures that could overcome the discomfort that dirt and bad breath have always caused. Around the 4th century BC, the Greek doctor Diocles de Charisto prescribed to his patients to explore the aromatic powers that mint leaves produced when rubbed on teeth and gums. In the years when he was apprenticed to the philosopher Aristotle, the legendary emperor Alexander the Great was given detailed instructions on how to clean his teeth every morning with a towel made of linen. Among the Romans, there is the use of a marvelous mixture with sand, herbs and ashes from the bones and teeth of animals. The place of oral hygiene was so expressive among Roman patricians that they had the luxury of having slaves tasked with carrying out this single task. Around 1490, the Chinese invented a rustic model of what we could already call a toothbrush. The oriental prototype consisted of a bamboo or bone rod with a bundle of pig hair. In addition to being a very expensive artifact, the Chinese brush ended up harming its users as the bristles of animal origin mold and, therefore, leave the entire oral cavity exposed to the attack of fungi. In Medieval Europe, teeth care has already enjoyed considerable advances, given the degree of preparation of toothpastes. At the same time, the Arab prophet Muhammad (570-633) recommended to followers of Islam the use of an aromatic wooden rod that, if rubbed several times a day, could clean and whiten teeth. Arriving in the 18th century, a British prisoner named William Addis had the brilliant idea of developing the first modern version of a toothbrush. First, he kept a piece of animal bone from his daily meal. He drilled small holes at one end and got some bristles from a jailer. Tying the bristles in tiny bundles and fixing them with glue in the bone holes, he developed the fundamental technology of the invention. In the 20th century, several scholars began to observe in detail the constituent elements of the various brushes available on the market. The anatomy of the cable, the arrangement of the bundles, the wear process were systematically analyzed so that the instrument could be improved. In the late 1930s, the use of nylon allowed the brushes to clean the teeth without the gums being severely attacked. Today, colors, shapes and technologies have turned the toothbrush market into a major unknown. Among so many options, many people are unable to distinguish which type of brush suits good oral hygiene. Generally, dentists advise the use of a brush that is not too big, has soft bristles and is regularly changed.