Autor: Desconhecido
Material/Técnica: Madeira/ metal/ torneamento
Século: XX
Procedência: Acervo pessoal de Dom Aquino Corrêa
Dimensão: 115x120x62 cm
Dados Históricos: Cômoda de madeira encerada em estilo neoclássico. Tem três gavetas grandes e duas gavetas pequenas na parte superior, com dez puxadores também em madeira, sustentada por quatro pés com entalhes simples e retos. O uso de caixas, arcas e baús para guardar objetos no Brasil vem desde o período colonial. Elas tiveram as mais diversas funções como guardar roupa, farinha e outros alimentos, prataria, louças, papéis, livros etc. Embora haja semelhanças entre elas, é conveniente estabelecer algumas diferenças entre as peças. Na obra de Maria Helena Ochi Flexor (Mobiliário Baiano), ela analisa alguns inventários a partir de 1714: “Uma caixa de vinhático com guarnição de jacarandá e duas gavetas com suas fechaduras e comprimento de seis palmos; em 1757”: um baú de moscóvia de seis palmos”; 1795: “uma arca de madeira de quatro palmos de comprido e fechadura”. Vêem-se por esses três exemplos que havia uma perfeita distinção entre caixa e arca, e constata-se a persistência de seu uso até o fim do séc. XVIII, com variações de ornamentação e complementos, mas não na estrutura ou tamanho. Somente a partir da segunda metade do séc. XVIII, as cômodas tiveram uso mais corrente, entretanto na primeira metade do século utilizou-se um móvel equivalente, “o caixão grande”, com quatro gavetas e dois gavetões, variando entre 5 e 7 palmos de comprimento. Por sua aparência semelhante à cômoda, foi algumas vezes confundido. Os caixões tinham, no entanto, uma função específica: a de servir de pé para os oratórios e, quando fosse o caso, guardar ornamentos de “dizer missa” e acessórios. As cômodas eram mais altas e dispunham de maior número de gavetas que os caixões. Com a influência dos móveis franceses, as cômodas, assim como os demais móveis, ganharam puxadores e fechaduras de latão dourado e, por volta de 1770-1780, receberam a ornamentação de 489 trabalhos em marchetaria e talha. Com o passar dos anos, as cômodas acumularam dupla função: a de guarda-roupa e de suporte deoratório; embora não constituíssem um móvel único, eram usadas com a mesma característica ornamental.
Author: Unknown
Material/Technical: Wood/ metal/ wood turning
20th Century
Origin: Personal collection of Don Aquino Corrêa
Dimension: 115x120x62 cm
Historical Data: Waxed wooden dresser in neoclassical style. It has three large drawers and two small drawers at the top, with ten handles also made of wood, supported by four feet with simple and straight notches. The use of boxes, chests and chests to store objects in Brazil dates back to the colonial period. They had the most diverse functions such as storing clothes, flour and other foods, silverware, crockery, papers, books etc. Although there are similarities between them, it is convenient to establish some differences between the pieces. At work by Maria Helena Ochi Flexor (Mobiliário Baiano), she analyzes some inventories from 1714: “A wine box with rosewood trim and two drawers with its locks and six hands in length; in 1757 “: a six-foot Moscow chest”; 1795: “a wooden chest four hands long and with a lock”. It can be seen from these three examples that there was a perfect distinction between box and chest, and its use persisted until the end of the century. XVIII, with variations of ornamentation and complements, but not in structure or size. Only from the second half of the century. In the 18th century, dressers were more commonly used, however in the first half of the century an equivalent piece of furniture, “the big coffin”, with four drawers and two drawers, ranging between 5 and 7 spans in length, was used. Because of his dresser-like appearance, he was sometimes confused. The coffins, however, had a specific function: that of standing for the oratories and, when appropriate, keeping ornaments of “saying Mass” and accessories. The dressers were taller and had more drawers than the coffins. With the influence of French furniture, the chests of drawers, as well as other furniture, gained golden brass handles and locks and, around 1770-1780, received the ornamentation of 489 works in marquetry and carving. Over the years, dressers have accumulated a dual function: that of wardrobe and oratory support; although they were not a single piece of furniture, they were used with the same ornamental characteristic.