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UFMT inicia projeto para fabricar réplicas de obras do MAS-MT

17 mar

Objetivo é produzir experiência sensoriais a partir das obras

A partir de campanha de financiamento coletivo “Museu de Arte Sacra em 3D” o Museu de Arte Sacra de Mato Grosso alcançou o objetivo de arrecadar recursos para o desenvolvimento de réplicas em impressoras 3D das principais obras do acervo, para assim possibilitar uma experiência sensorial para deficientes visuais e crianças. A fabricação das peças será realizada pelo Laboratório de Arquitetura e Urbanismo (LAB.AU) da UFMT.No momento, a equipe do LAB.AU atua na etapa de produzir recompensas destinadas a quem colaborou com a campanha. Em razão do atual aumento no número de casos de infectados pelo novo coronavírus em Mato Grosso, o processo de desenvolvimento das réplicas em 3D deve ter início em abril.

“Isso acontece também porque estamos em um período crítico da pandemia, por isso estamos esperando um pouco pra fazer mais visitas ao Museu e passar mais tempo lá dentro trabalhando na produção. Em geral o trabalho virtual pode ser realizado, mas dependemos de encontros presenciais para fazer o escaneamento em 3D de algumas peças”, explica o coordenador do LAB.AU, professor Maurício Oliveira.

As réplicas pretendem demonstrar os detalhes de cada obra original, com o intuito de apresentar ao público, através do toque, os detalhes e características do entalhamento, relevo e posição da peça. “Nós utilizaremos massivamente o sistema de impressão 3D conhecido por FDM, que é modelagem por deposição de material fundido. É uma técnica mais barata e que permite fazer a impressão de grandes peças. Respeitando os limites da máquina, há peças de 60×60, que estão dentro das nossas previsões de eventualmente serem feitas. Além disso, temos a pretensão de usar o sistema de impressão DLP, que utiliza de resinas liquidas para fazer a impressão 3D. Essa técnica oferece uma melhor resolução, e isso pode ser feito quando os modelos tiverem detalhes mais específicos e minuciosos”, ressalta o docente.

O estudante do oitavo semestre de Arquitetura e Urbanismo e integrante do LAB.AU, Gustavo de Oliveira Neri, foi o responsável por desenvolver uma modelagem tridimensional feita a partir do quadro de Dom Aquino Corrêa, que faz parte do acervo do Museu de Arte Sacra. Para o discente, além de ter influência positiva para o público alvo, as ações extensionistas auxiliam os alunos a aprimorar o conteúdo estudado na graduação.

“Minha entrada oficial no laboratório foi em novembro de 2018, quando participamos de um pequeno evento na Escola Souza Bandeira. Eu conheci o laboratório logo no início do curso, desde então já havia meu interesse em participar. Nosso trabalho lá, basicamente, consiste em tornar outros projetos da faculdade possíveis através de protótipos e às vezes produtos finais. Desde que entrei, é sensato da minha parte dizer que aprendi tanto com o Laboratório quanto na minha graduação”, destaca.

A pretensão dos integrantes do LAB.AU é de fabricar réplicas em 3D de todas as obras do acervo do Museu, mas isso irá depender de avaliações e adequações no orçamento para a atual realidade. A campanha de financiamento coletivo para a produção das peças foi finalizada no início de março. O projeto conseguiu bater a meta de R$ 126 mil, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O Museu foi um dos selecionados do programa Matchfunding BNDES+, o que significa que para cada R$ 1,00 doado, o BNDES irá investiu R$ 2,00 no projeto.

FONTE: ufmt-noticias

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